quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Congresso Internazionale Culture e Letterature in dialogo: identità in movimento

          Dal 12 al 14 maggio Perugia e Assisi vedranno l’arrivo di almeno 230 fra scrittori, ricercatori e professori universitari di molti paesi, fra i quali Brasile, Portogallo, Francia, Germania, Ungheria, Romania, Colombia, Stati Uniti e Cina, che parteciperanno al Congresso Internazionale Culture e Letterature in dialogo: identità in movimento, organizzato dal CILBRA, Centro di Studi Comparati Italo-Luso-Brasiliani, che ha sede presso il Dipartimento di Lettere dell’Università degli Studi di Perugia. L’evento si inerisce fra le attività dei Corsi di Lingua Portoghese e di Letterature Portoghese e Brasiliana di questo Dipartimento e si realizza in collaborazione con tre grandi università brasiliane, l’Universidade de Brasília, l’Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e l’Universidade Federal de Goiás, e ha il patrocinio dell’Itamaraty, dell’Ambasciata del Brasile a Roma, dell’Ambasciata del Portogallo in Italia, del Comune di Perugia, dell’Organização Educacional Barão de Mauá e dell’Universidade de Santa Cruz do Sul.
   Il Congresso ha come obiettivo rimarcare l’importanza dell’Italia e, in particolare, dell’Umbria, nell’attuale discussione sui fenomeni migratori e sul contatto tra culture, società, letterature e lingue, mettendo a fuoco anche questioni come l’identità dei popoli coinvolti in tali fenomeni e la difficoltà del confronto con l’Altro. In un momento come questo, di spostamenti di popolazioni da un continente all’altro, parlare di questioni connesse a tali eventi con un’ottica comparatista e con gli strumenti teorici fornitici dai nostri ambiti di ricerca, che sono quelli delle lingue, letterature e culture italo-luso-brasiliane, potrà contribuire alla riflessione sulle dinamiche connesse a un fenomeno di così vaste proporzioni che coinvolge individui, famiglie e popolazioni intere che si spostano dall’est all’ovest e dal sud al nord del mondo, in fuga da conflitti e guerre, persecuzioni etniche e religiose, carestie e fame, cercando migliori condizioni di vita in altri paesi e continenti. I temi trattati non sono circoscritti al mondo lusofono, ma si costituiscono come riflessione complessa e articolata sui fenomeni dei contatti linguistici e letterari tra diverse realtà culturali del passato e del presente.
        I primi due giorni – 12 e 13 maggio – il Congresso si svolgerà a Perugia, fra Palazzo dei Priori e Palazzo Manzoni (sede del Dipartimento di Lettere, a Piazza Morlacchi) e l’ultimo giorno – 14 maggio – ad Assisi, a Palazzo Bernabei (Via S.Francesco, 19). Oltre al programma più strettamente scientifico, è previsto un Festival Internazionale di Poesia dal titolo “Incontri con la Poesia del Mondo” che, in collaborazione con Umbria Poesia, si terrà il 13 maggio a Perugia (negli spazi di Umbrò, Via S.Ercolano 2) e il 14 maggio ad Assisi (a Palazzo Barnabei), con la partecipazione di 14 poeti di vari paesi, nonché un concerto di due musicisti, l’italiana Noemi Nori e il brasiliano Elcio Lucas, il 12 maggio, alle 20:30 a Perugia (Umbrò), ad accesso libero. Tutti gli eventi previsti sono aperti al pubblico e completamente gratuiti. Si possono iscrivere gli studenti dell’Università degli Studi di Perugia (a quelli del Corso di Laurea in Lingue e Letterature Straniere saranno riconosciuti da due a tre crediti), i professori e tutti quelli interessati a tali tematiche. Per maggiori informazioni e per la programmazione completa e dettagliata del Congresso, consultare il sito www.cilbra.it

Resumos enviados:
    A negação do pertencimento: a imagem do exílio em Edward Said e em Tzvetan Todorov ou O exílio como negação em Said e Todorov 
                                                                                                  Tarsilla Couto de Brito (D/UFG)

A dolorosa realidade dos fluxos migratórios que herdamos do século XX produziu representações literárias que desestabilizaram ideais como identidade e alteridade em diferentes sistemas literários. Não demorou muito para que a "República das letras" reverberasse tais transformações, chegando-se a cunhar a expressão "Guerras Culturais" (cf. Terry Eagleton em A ideia de cultura, 2011; Teixeira Coelho em Guerras Culturais, 1999Joan DeJean em Antigos contra Modernos, 2005 ): trata-se da crítica àquela concepção universalizante de Cultura e da conflituosa história de sua substituição por uma visada pluralista apoiada em "culturas" com c minúsculo e no plural. Dentro desse debate, em que se desenvolveram reflexões teóricas, reelaborações conceituais e querelas que alteraram para sempre os estudos literários e mais especificamente os estudos comparados, propõe-se uma revisão do tropo exílio, que dialoga diretamente com a realidade dos fluxos migratórios e de suas consequências para o pensamento sobre literatura, a partir dos trabalhos de Edward Said (Reflexões sobre o exílio, 2003; Cultura e imperialismo, 2009; Orientalismo, 2007; Humanismo e crítica democrática, 2002) e de Tzvetan Todorov (A conquista da América, 2010; O homem desenraizado, 1999; O medo dos bárbaros: para além do choque das civilizações, 2010; A crítica da crítica, 2012).

                 A experiência do exílio na psicanálise e na literatura
                                                                                                     Silvana Matias Freire (D/UFG)

     O fenômeno migratório parece ser constitutivo da história da humanidade. Em alguns períodos esse fenômeno é menos visível, em outros se evidencia. As razões para esse tipo de deslocamento, de populações inteiras ou de um sujeito, são variadas, dentre elas podemos citar as guerras, as perseguições (étnicas, religiosas ou políticas), a fome, os desastres naturais ou o desejo da diferença. A partir dessa última razão, propomos uma reflexão sobre o ponto em que as experiências do exílio e do estranho se aproximam da experiência da psicanálise freudiana. Dois fragmentos retirados da mitologia bíblica me servirão como referência. Um deles diz respeito à criação do homem e o outro à história de êxodo do povo hebreu. No confronto dessas duas referências surgem traços de uma desidentificação, de uma não-coincidência, de um não-idêntico, de um desejo da diferença que estão implicados na clínica psicanalítica. Discutirei a pertinência de analisar textos literários tendo como referência a convergência das experiências acima mencionadas. Minhas principais referências teóricas são Sigmund Freud (O estranho, [1996]1919; Moisés e o monoteísmo, [1996] 1937), Shoshana Felman (La folie et la chose littéraire, 1978) e Bety Fuks (Freud e a judeidade: a vocação do exílio, 2000).

O homem desenraizado: a identidade do exílio em Tzvetan Todorov                                                                                                                                           
                                                                                                    Débora Lucas Duarte (G/UFG)

As dinâmicas de migração têm se intensificado a partir do séc. XX, e surgem principalmente do conflito entre culturas ocidentais e orientais, sendo de cunho político, étnico ou religioso. Pensar as causas e os efeitos desses movimentos tem sido motivo de reflexão para o teórico Tzvetan Todorov que ilustra e discute a partir da sua própria experiência de exilado como são tratadas as questões do medo, do mal estar e da identidade nesse novo lugar de não pertencimento. Todorov coloca em xeque a fixidez identitária desse sujeito por ele nomeado como “desenraizado”. Propõe-se, neste trabalho, analisar como essas questões dão ensejo para uma reflexão dos conflitos atuais e de que forma a concepção de identidade fixa é problemática ao se pensar o mundo contemporâneo e seus movimentos migratórios como obstáculo ao diálogo entre as diferentes culturas. Essas reflexões serão realizadas a partir da leitura de duas obras de Todorov: O homem desenraizado (1996) e O medo dos bárbaros (2010).

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